RECONHECIMENTO DA TRADIÇÃO

Nacife Menezes abraça projeto de qualidade de

vida da comunidade quilombolas em Belo Oriente

Durante visita ao grupo de moradores da Fazenda Esperança, reconhecidos como quilombolas em Belo Oriente, a vereadora Nacife Menezes, presidente da Câmara Municipal, anunciou que vai se empenhar na proposta de implantação de um projeto que pode transformar o futuro da comunidade, que já possui estrutura como energia elétrica, posto de saúde e escola. Minas Gerais tem hoje mais de 300 comunidades reconhecidas como quilombolas.

“O que a comunidade quer agora é ampliar sua infraestrutura e captar investimentos que possam melhorar a qualidade de vida e manter a tradição de aproximadamente 200 famílias”, disse Nacife Menezes, que durante a reunião esteve acompanhada do vereador Vaguin da Borracharia e do secretário de Meio Ambiente da Prefeitura, Nardely Ramos.

Nacife Menezes aceitou o convite do morador José Fábio da Silva, presidente da Associação Comunitária e um dos responsáveis pela Comissão de Implantação da Comunidade Quilombolas, e vai integrar a Comissão de Educação e Cultura. “Hoje, os moradores dependem da terra para sobreviver. Mas o reconhecimento como Comunidade Quilombolas abre as portas para novos projetos e recursos. É legítimo o direito desse povo trabalhador de lutar por novos espaços e pela reprodução física, social e cultural da comunidade”, afirmou a vereadora.

Uma nova reunião entre o poder público e os moradores da Fazenda Esperança está programada para a segunda quinzena desse mês. Além disso, acompanhada de uma comissão, a vereadora Nacife Menezes se propôs a visitar outras comunidades da região, que também lutam pelo reconhecimento dos direitos fundamentais das comunidades remanescentes de quilombo. “Uma das preocupações do grupo é manter tradições, como a famosa Festa Junina, que preservam a identidade e as práticas culturais próprias de Belo Oriente”, adiantou.

Quilombolas

As comunidades quilombolas são grupos étnicos, predominantemente constituídos pela população negra rural ou urbana, que se autodefinem a partir das relações com a terra, o parentesco, o território, a ancestralidade, as tradições e práticas culturais próprias.